Bom dia a todos!
Como vão vocês e suas famílias? Espero que enxergando o propósito deste tempo, a razão excelente que justifica a sua vida nesse contexto.
Gostaria de lhes falar hoje aqui um pouco sobre a psicoterapia corporal quando há conflitos.
Certamente você pode testemunhar que a convivência entre irmãos pode ser alguma coisa complicada. Ainda que se tenha um bom relacionamento com sua família, haverá sempre a história de familiares em guerra entre si.
Uma das esperanças das mães e avós de todos os tempos é que os irmãos se respeitem e deem bem.
O que torna difícil essa questão é que o desamor remonta a um passado sobre o qual temos pouca consciência e capacidade de interpretação. É quando ainda não temos forças para nos defender que começam os eventos traumáticos sobre os quais estão apoiados os sentimentos de hostilidade. Más escolhas reforçam o caldo e repúdio velado encerra a questão.
A psicoterapia corporal, a princípio, parece ser uma prática intimista e exclusivista, pois aborda um indivíduo de cada vez. Mas o que de fato ela faz pela família, não há como exaltar suficientemente.
Quando seu verdadeiro eu recebe espaço e é ouvido; quando seu corpo é reanimado por um toque preciso de respeito e amor terapêutico, então as marés desse oceano turbulento começam a mudar.
“Somos filhos de um mesmo amor”, “somos coparticipantes de um mesmo sentido de vida”, “estamos conectados para realizar um bem comum” e assim por diante.
Esse trabalho aposta na capacidade transformadora de cada indivíduo, quando ajuda cada um a retornar a um ponto zero de descanso, acolhimento subjetivo e paz interior.
Desligar-se por um momento da nossa agenda exterior e compromissos com os outros, para atentar para nossos sentimentos, emoções e necessidades interiores, pode ser o caminho mais curto para a restauração dos nossos relacionamentos fraternos.
Bases artificiais podem lançar cada um de nós em mundos inimigos e inconciliáveis. Todavia existe um lugar verdadeiro para se ser e existir, ao qual todos podemos retornar, que nos humaniza e faz sermos amigos outra vez.
Eu já vi muita coisa acontecendo por meio de um toque de amor terapêutico.
Existem fases de desavenças e a trama de uma família pode se estender por anos a fio. Mas a reconciliação que queremos ver do lado de fora depende seriamente daquela que experimentamos do lado de dentro.
Quero convidá-lo a uma jornada de cura, pois entender o que de fato lhe aconteceu, perdoar e perdoar-se, e recomeçar pode transportá-lo para fora de um mundo de ideações suicidas para um universo de amor fraternal, reconciliações e paz.
Sempre haverá muita hostilidade no mundo, as pessoas estão em seus processos. Mas um bom exemplo será sempre seguido, eloquente e libertador.
Vamos escrever uma carta universal?
Psicoterapia corporal 101: deite-se em um lugar confortável, coloque suas mãos sobre o peito e a barriga, e agora espere falando palavras de carinho, amor e apreço por tudo o que foi e agora é.
Logo logo você vai começar a ouvir a voz que precisa falar. Ela lhe dirá o que fazer em seguida.
Boa experiência!
Atenciosamente,
Rafael.
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Rafael Caldeira de Faria
Psicólogo corporal
CRP 06/89471